18.7.05

Errar, retratar, voltar sem deixar de seguir

É um mal de ser humano, um "divino mal" eu diria. - Não! desculpe. Divino seria perfeito, se levarmos em conta essa nossa concepção atual de deus. É muito humano mesmo o mal de encontrar-se desarmado e, quando menos se espera, retratando-se com o passado. "Errar" - entre aspas pois tudo que é erro e é passado é, inevitavelmente, fato, portanto parte do caminho, da realidade, não mais erro - é mais que divino, maior que o eterno, pois o eterno só é compreendido em limites muito estreitos. Maior que ele é o ciclo, a continuidade alternada, o erro que prescede o acerto que torna ao papel de erro, o etéreo.

Há o tempo para as retratações. Ufa!

Às vezes esse tempo me ataca no íntimo, por dentro; rompe o peito a vontade de rever um sorriso rasgado, há tempos apagado da memória, sentir o calor do abraço amigo ou simplesmente ser alvo do olhar comtemplativo de um velho companheiro. Noutros momentos vem de fora; surge não mais que de repente com a imagem nítida, em carne, osso, papel, idéia ou outro material qualquer, daquilo que há muito não passava de borrão esfumaçante guardado em algum lugar...


Porra! e parece que ele chega sempre sem que eu espere, aliás, parece esperar que não o esteja aguardando. Justamente nesse momento, desarmado, me pega de surpresa.
Bem, eu tinha uma conclusão pra isso tudo ... deve ter se escondido. O importante é que: quando errados, incertos, cheios de furos, quando somos mais humanos, e podemos assumir essas fraquezas naturais de não-deuses, geralmente surgem essas pérolas do drama.


* Na Terra... Delúbio e Valério assumem esquema de desvio de verba para financiamento de campanhas do PT, o Figueirense perde mais uma no brasileiro e volta à zona de rebaixamento e Harry Potter vende 7 milhões no primeiro dia...

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