26.6.08

E hoje o dia acordei.
Logo pela manhã, uma caminhada até a rodoviária.
Um café, um pão de queijo no balcão de padaria.
Jornal do dia. Uma caminhada até o escritório.
O frio da luz do sol de inverno.

12.6.08

Boal faz escola em Ribeirão Preto

Época de efervescência cultural, intelectual e política, os anos de chumbo influenciam o país até os dias de hoje. Da cultura hippie importada da América do Norte à Tropicalia, do Cinema Novo à Teologia da Libertação, as fortes marcas dos tempos da ditadura no Brasil ainda elegem presidentes e determinam as cores dos cabelos e a música que se ouve.

Augusto Boal, diretor, autor e teórico do teatro, é um dos ícones entre aqueles que rebelaram-se contra o governo militar. Sua obra, não só não pereceu aos tempos de repressão como ganhou o mundo durante o período. Reconhecido internacionalmente por seu Teatro do Oprimido, Boal é o precursor nacional do teatro participativo.

Incitando a tomada de posição pelo público, Boal e seus métodos teatrais, como o 'teatro fórum' e o 'teatro invisível', beiram a pedagogia ao envolverem o espectador na decisão sobre os rumos do espetáculo. No 'teatro invisível', por exemplo, sequer os atores identificam-se como tais. A cena trasncorre imperceptível, em ruas, ônibus, restaurantes, simulando situações contraditórias do cotidiano.

Em uma época em que as vozes eram caladas pelo estampir das armas, o teatro era um viés para o debate de idéias 'subversivas'. Atualmente, 24 anos após a queda do regime militar, quando as vozes se calam, simplesmente, as luzes da ribalta persistem no papel de provocadoras da consciência e da ação social.

Completando seis anos de existência, o projeto Ribeirão em Cena oficializou a inclusão das leitura e discussão sobre atualidades na grade currícular de seu curso de iniciação teatral.

Dentro da disciplina de interpretação, além das atividades e exercícios normais, a professora Gracyela Gitirana lê e discute textos de jornais e revistas com os alunos: "a proposta é acompanhar os principais acontecimentos [...] para que eles [alunos] compreendam a realidade, pra que tomem posição".

As aulas de Gitirana, construidas a partir das teoria e prática de Boal, incorporam exercícios de 'teatro jornal'. O método prevê a construção de cenas apartir da leitura de notícias. "Quando o Gilson [coordenador da ONG] veio com a idéia [das leituras em aula], eu ja trabalhava teatro jornal [com os alunos]", relata a professora. E as novas atividades, segundo Gitirana, completarão lacuna observada em alguns bolsistas: "quando você pede que alguém improvise algo, é preciso que ela tenha uma bagagem [...] e levar isso pro palco", afirma.

Gilson Filho, coordenador do Ribeirão em Cena, propôs a mudança. Segundo ele, a inserção das leituras e debates há muito era ensaiada. "O ator sem informação na consegue produzir, se o ator nao convive com o meio ele nao tem mateiral pra tarabalhar [ e ] acaba copiando o que já viu", resalta.

6.6.08

Bonito dia em que te vi de perto. Pois que de perto as coisas parecem menores. E me apaixonei. Foi de uma força tamanha o instante exato.
Olhei de lado e pensei:
que bom pensar em poder
e do teu lado colher
o que há de certo, o que pode haver