13.5.06

A Queda (Mário de Sá-Carneiro)

E eu que sou o rei de toda esta incoerência,
Eu próprio turbilhão, anseio por fixá-la
E giro até partir... mas tudo me resvala
Em bruma e sonolência.

Não me pude vencer, mas posso me esmagar,
- vencer às vezes é o mesmo que tombar -
E como inda sou luz, num grande retrocesso,
Em raivas ideais, ascendo até o fim:
Olho do alto o gelo, ao gelo me arremesso...

Tombei....
E fico só esmagado por mim!...

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