27.3.07

O Rato no Muro

"O Rato no Muro" encerra temporada em Ribeirão Preto (proposta título)
Texto da escritora Hilda Hilst, inédito na cidade, tem, hoje, sua última apresentação (proposta subtítulo)


"Será que são dez mulheres ou apenas uma?" Questiona Samanta Calsani, 28, diretora do grupo que apresenta "O Rato no Muro", hoje, pela última vez, às 21 horas, no Espaço Cultural Santa Elisa, sobre os significados da peça. "Pisicológica" e repleta de símbolos, dando margem para diversas interpretações, a história narra o diálogo entre dez freiras que vivem isoladas em um convento.
A angústia dá tom e dita a ação das dez mulheres ao depararem-se com os próprios limites, encarnados na figura opressiva e intransponível de um muro. Figura central no enredo, o muro parece vivo ao ganhar diferentes contornos e formas frente às personalidade distintas das irmãs."A intenção não é falar da igreja, é do ser humano." Deixa escapar, Calsani, sobre "O Rato". E assim é, obssesão rebeldia, insanidade, subserviência, são alguns dos traços marcantes das personagens e que, aos olhos do espectador, sobrepõem-se ao hábito.
O grupo, composto de atores formados na oficina de iniciação para atores oferecida pela ONG Ribeirão em Cena, não demonstra intenção de facilitar a compreensão e é convicto em, tampouco, oferecer respostas ao público. Num processo coletivo de construção, com mais de 6 meses de duração, o grupo se manteve fiél à postura da autora do texto, Hilda Hilst. Escritora paulista, detentora dos mais importantes prêmios da literatura nacional, Hilst nunca se mostrou afeita às simplificações de texto para agradar o leitor. "É informação em cima de informação", diz, Edilaine Silva, 25, atriz do grupo, sobre o espetáculo. O objetivo é "Fazer o público refletir sobre os conflitos",que, "são conflitos humanos, na verdade", reforça Edilaine.
Fechando a temporada de um mês em Ribeirão Preto, paira um sentimento de satisfação, no grupo, "Parece que a gente conseguiu quebrar a quarta parede [separação entre platéia e palco]", comenta, com alegria, Edilaine. Começam, após o dia 31/03, as pesquisas sobre possíveis incursões da montagem em festivais nacionais. Porém, ainda não há nada certo.

Um comentário:

Alessandra Possebon disse...

Lucas...lá vou eu...depois vc apaga essa mensagem chata , ta?
Tem um lance em jornalismo que chama lide,tipo vc tem que começar com as informações sobre a peça...as perguntinhas a responder no 1º parágrafo são: o que? Onde? Como? Quando?
Falam que isso é pra prender a pessoa no seu texto...então acho que era bom colocar a fala da Samanta no 2º parágrafo...
tem um lance tb da piramide invertida...q vc tem q começar com as informações mais importantes...
Acho que vc poderia dividir o 3º paragrafo...ele ficou um pouco longo, vc poderia fazer um outro parágrafo soh falando da Hilda Hilst...acho q ficaria mais fácil pro leitor.Eu acho que poderia falar mais dela tb... :)
E só mais uma coisinha...eu tiraria o “Porém, ainda não há nada certo.” , não precisa...:)
ah!!! eu nunca quero ser editora na minha vida...mto ruím ehehehe
intaum, mas são só idéias...vê ai o que acha melhor
eu gostei das falas q vc pegou da diretora...acho que deu pra passar o climas da peça...apesar de ser hiper dificil, por ser mta subjetiva neh...Acho que o texto tá mto bom, eu não saberia escreve sobre essa peça
um abração...ate amanhã...:)...